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ECONOMIA - Recuperação do setor de serviços pode ser freada pelo fim do auxílio

Publicado em 20 de novembro de 2020

Em setembro, os serviços seguiram diminuindo sua contração. Esse arrefecimento poderá perder força durante os próximos meses com o fim do auxílio emergencial, numa situação de desemprego elevado.

Por outro lado, a continuidade da flexibilização das medidas de isolamento social e a expectativa mais positiva das famílias frente ao futuro poderão contribuir positivamente para que o setor, paulatinamente, prossiga em sua retomada.

O volume de serviços prestados, em setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou crescimento de 1,8%, em relação a agosto, anotando a quarta alta seguida nessa mesma base de comparação.

No contraste com maio de 2019, houve queda de 7,2%, menor do que a esperada pelo mercado. Em termos anuais e em 12 meses, as contrações alcançaram a 8,8% e 6,0%, respectivamente, porém seguem muito influenciadas pelos resultados fortemente negativos de abril e maio.

A tendência, dado o cenário atípico existente, fica mais clara na comparação com o mesmo mês do ano passado, tal como mostra o gráfico abaixo, que permite visualizar que o setor tem atenuando sua retração a partir de junho.

Esse arrefecimento estaria diretamente relacionado à flexibilização das medidas de isolamento social, ao impacto positivo na renda das famílias, gerado pelo auxílio emergencial, e à maior confiança do consumidor registrada nos últimos meses.

Em relação a 2019, novamente quatro das cinco atividades consideradas na pesquisa do IBGE recuaram.

Os impactos negativos vieram, mais uma vez, dos serviços prestados às famílias (hotéis e restaurantes), transportes (principalmente aéreo), serviços profissionais, administrativos e complementares (serviços prestados a empresas) e serviços de comunicação (TV por assinatura, cinemas e eventos).

Novamente, o único ramo que cresceu foi o denominado “outros serviços”, impulsionado pela negociação de títulos e valores, coleta de resíduos e reparação.

O agregado do turismo seguiu caindo fortemente, devido à diminuição dos serviços de hotéis, transporte aéreo, locação de veículos e restaurantes.

Fonte: Diario do Comercio

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